BLOCO DE MODA
Wagner Penna
INVERNO EM FEVEREIRO
A avidez do mercado fashion por novidades, acabou adiantando o calendário de lançamentos em pronta-entrega (no atacado) para o inverno 2022, na praça de Beagá. Assim, algumas marcas instaladas no pólo do Prado (região que reúne o maior numero de showrooms de moda na Capital), já lançaram e estão vendendo suas coleções invernais.
O primeiros resultados foram considerados bons. Mas o auge da temporada será mesmo em março, quando acontece a feira BH.à.Porter (7 a 11) e também quando a maioria dos lojistas chega à cidade para fazer suas compras.
O que há de diferente, neste ano, é que o Carnaval na cidade está com sua data em compasso de espera – e até é foco de briga política, pois enquanto o municipo de BH decreta trabalho oficial nos dias de Momo, o governo do Estado liberou a data como ponto facultativo.
Seja lá como for, o fato é que a turma já está comprando o inverno, vai continuar nesse compasso um pouco mais morno durante o mês e agitará as compras em março. Com ou sem Carnaval.
VAIVÉM
- Enquanto os pobres mortais lutam para ter seu dinheirinho para o básico , os ricos cada vez mais ricos no mundo inteiro gastam milhões com o supérfluo. Veja só: a marca de relógios Philippe Patek criou um modelo comemorando seus 170 anos, em parceria com a Tiffany, em edição limitadíssima ao preço de 52 mil dólares cada um. Como era algo super exclusivo, acabou acontecendo um leilão das peças – e o preço foi para 6,5 milhões de dólares cada um. Por um relógio!!!
- Também por aqui, os negócios de moda também estão envolvendo muito dinheiro. A saber: a Arezzo colocou ações à venda para captar dinheiro e aplicá-lo em expansão e aquisições – enfim, investir em seu crescimento. As expectativas foram além do esperado e chegaram ao patamar de quase 830 milhões de reais. Resumo da ópera: vem muita novidade por aí na empresa dos Birman ***
- PONTO FINAL. Após realizar um levantando sobre as principais modificações no mercado de moda norte-americano, após o susto com a Covid-19, uma empresa de pesquisas indicou como ponto crucial a diminuição de vendas das chamada fast-fashion. Ou seja, a moda para consumo rápido foi substituída por compras mais conscientes, isto é, peças com maior qualidade – mesmo com preço um pouco mais alto. Coisas para durarem e não para serem jogadas no lixo, após a primeira lavagem.