Coluna da Psicóloga Fernanda Dalla Paula
Somos criadores ou criados?
Sabe aquela frase clichê “a vida imita a arte ou a arte imita a vida”?
Então, esses dias levei ela a sério, me questionei como que nós seres humanos atuamos fora dos palcos, e nem precisamos ser artistas para isso. Não estou dizendo que somos falácias encarnadas em sujeitos, não se trata de mentiras e personagens, mas talvez de atuações em verdades que ainda não questionamos.
Posso estar complicando demais neh!? Mas veja, pense comigo, quando você diz que faz tal coisa porque precisa ser feito, isso diz de desejo ou submissão/alienação? Como exemplo, “ah, mas eu preciso me casar” , percebe o termo colocado PRECISO?
Poxa, precisar não diz de querer e talvez também não de desejo. Precisar diz de necessidade e necessidade diz de sobrevivência, o que distingue de vivência.
Viver e sobreviver são esferas diferente neh!? Sendo assim precisar e desejar também possuem significados distintos, Mas afinal quem te disse que “você precisa se casar”? Ainda seguindo o exemplo dado acima.
Talvez o personagem que o artista apresenta seja mais autêntico do que o próprio artista fora do palco, afinal quando se encarna um personagem precisa cria-lo e para criar diz de algo próprio , autêntico, sem ficar a mercê daquilo que te disseram.
E aí, a vida imita a arte ou a gente faz da vida uma imitação do que ouvimos e vemos por aí?
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