Coluna da Psicóloga Fernanda Dalla Paula
Seria a mortalidade o nosso relógio?
Envelhecer seria entregar o corpo para o tempo? Seria ir se tornando dia após dia uma caixa enorme de memórias? E para aqueles em que a memória já não existe mais, por alguma doença que o interrompe, cada dia é um dia novo, sem memórias mas também sem amarrações no tempo.
Envelhecer seria história, e junto com ela as estórias? Será que as rugas falam mais alto do que a idade contada? Falar mais alto me faz pensar no tempo, que não para pra ninguém, o tempo não se encerra, já dizia Kant que o tempo é um condição, então que façamos nós alguma coisa com essa condição!
O tempo é sem educação sabe? Ela não pede licença, o tempo não para pra você que precisa de um tempo, pois sofre a morte de quem ama, porém ao mesmo tempo dizemos nós ” o tempo é sempre o melhor remédio”. Aaah o tempo em que vivo e sonho há viver, o tempo de envelhecer é o mesmo tempo há viver.
O envelhecer talvez seja um pedaço de divindade que Deus nos tenha dado, pois a mortalidade marca o tempo, não são os ponteiros nem a manhã, tarde ou noite, o que mensura os dias é saber que somos mortais, temos nosso tempo contado, porém enquanto há tempo ainda haverá tempo.
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