Coluna da Psicóloga Fernanda Dalla Paula

    Bom, você já deve ter encontrado alguns profissionais em redes sociais abordando esse assunto, apresentando alguns comportamentos e pensamentos para que a pessoa possa identificar se está vivenciado um tipo de relação abusiva, porém eu não irei me veredar nesse sentido, em hipótese alguma tirando a veracidade dessa outra modalidade de trabalho, mas irei apresentar mais perguntas do que respostas, e deixarei para você a resposta.

    Questionando o termo abuso, podemos pensar sobre o uso exagerado de algo, ou também o investimento demasiado à algo/alguém, como exemplo, reflita sobre a dependência química, por que dependência? Porque o sujeito está sujeitado a droga, seja lá qual for a substância.

     Continuando o raciocínio, abuso anda de mãos dadas com dependência, pelo fato de em ambas o sujeito investir de maneira exacerbada em apenas uma coisa, deixando as outras esferas da vida com pouco investimento, isso serve para relacionamentos, trabalho, dentre outros.

    Vamos delimitar o tema abuso na esfera de relacionamento afetivo, se você está com alguém e percebe que os outros contextos de sua vida estão estagnados, o que você pensa, está tudo bem? Não ver seus amigos, não trabalhar em paz, não ir na casa de familiares, mas “vive apenas para uma pessoa”, isso te faz se sentir amado(a)? Se sim, então seria isso que você entende de amor?

    Dizem que tudo em exagero faz mal, porque enche demais, chega até a vazar dependendo do corpo que ocupa, seria isso uma resistência com a falta ou até mesmo com o limite? O que você acha?