O mês de outubro de 2021 ficará marcado na trajetória da moda mineira, sob o ponto de vista comercial, como um dos mais atípicos. O mais importante: de forma positiva.
De fato, começando com a nova edição da feira BH.à.Porter, registrou vaivém de compradores e boa vendas nos showrooms das marcas de médio e pequeno portes logo na primeira semana do mês. Um resultado nada desprezível para apenas quatro dias de vendas, isto é, mais de R$4 milhões entre 64 marcas.
Já nesta semana, foi a vez de lançamentos de marcas com maior estrutura e focadas em público mais seletivo. E o resultado também foi além do esperado. Em ambos os casos, a procura maior foi para as linhas festa e casual-chique. Quem tinha estoque, vendeu muito bem.
Para se ter idéia da movimentação, uma das marcas-lideres nas vendas atuais, a Amarante, esgotou seu estoque uma hora após abrir o lançamento. É o novo fenômeno de vendas nessa faixa de marcas. Também vendeu bem a B.Fly – com filas enormes na porta do showroom. E é assim que Beagá vai retomando o titulo de Capital da Moda – que, na verdade, existe formalmente, depois de votação na Câmara Municipal e tudo mais.
VAIVÉM
- A feira Minas Trend, que acontece entre 1 e 4 de novembro no Expominas, em Beagá, vai ter desfile bacana da marca Skazi. O tema “Studio 93 – Let’s Dance’ remete às discotecas e vai balançar o salão. As vendas da marca serão na Casa Skazi, no Prado ***
- O produtor Rodrigo Cezário e o designer Junior Costa montaram o coletivo Muda.BR,com propostas de novas idéias para o mundo da moda. A primeira delas é um debate sobre moda circular, onde ensinarão sobre estamparia natural, técnicas de reaproveitamento de resíduos e por aí. Quem quiser se inscrever é só ir no Sympla. Vale a pena ***
- Novembro se aproxima com promessas de (também) agitar a moda mineira. Depois da Minas Trend, um grupo de confecções bacanas promoverá lançamento de suas coleções Resort, isto é, com pegada comercial e dirigida ao alto-verão. O sol (parece) voltou a brilhar ***
PONTO FINAL: a rede Riachuelo lançou coleção em ‘collab’ com a Moschino, marca americana cujo estilista é o irreverente Jeremy Scott. A coisa parece que não saiu conforme o planejado, pois muitas clientes foram às redes sociais reclamar do estilo tropicalista estranho e do preço. Mas, para a empresa, o objetivo foi alcançado – tanto assim que muitas peças se esgotaram logo. Resumo da ópera: fazer ‘collab’ é sempre uma agulha de duas pontas.
Por: Wagner Penna