BLOCO DE MODA
Wagner Penna
CASA DE CRIADORES
Nesta semana os paulistas comemoraram 25 anos de existência da semana de desfiles chamada Casa de Criadores – um evento estruturado para estimular a inovação da moda. A iniciativa foi pensada como uma opção à então nascente São Paulo Fashion Week, dedicada (na época) às marcas já consolidadas. Como se vê, os dois eventos continuam na ativa, felizmente.
A importância de ambos na cena fashion brasileira, foi determinante para apontar novos caminhos ao setor. Até então, as mostras isoladas pulverizavam a grande força que a indústria fashion nacional já possuía – sem a correspondente resposta da mídia ou reconhecimento dos demais segmentos produtivos. E, muito menos, da ebulição criativa que os estilistas daqui já experimentavam.
A idéia desses desfiles foi regionalizada e replicada onde a industria de roupas é importante. Caso de Minas, onde a principal iniciativa foi e continua sendo a Minas Trend. Como seria natural, depois cada um foi ajustando o assunto às suas necessidades e adquirindo os contornos que a própria dinâmica da moda exige.
E sobreviveram!

Casa de Criadores #50_
10/07/2022
Foto: Marcelo Soubhia/ @agfotosite
VAIVÉM
- O qüiproquó na moda internacional foi dada pela Dior, que reclamou da marca Valentino por esta ter isolado a entrada de sua loja em Roma – ao fechar a Praça da Espanha para um desfile. A briga ficou feia e os franceses, agora, exigem 100 mil euros para ressarcir o prejuízo alegado por eles ***
- O mês de agosto proomete ter agenda fashion agitada. A saber: em Minas, será realizada da BH.a.Porter (entre os dias 15 e 19), em Beagá, reunindo quase cem marcas e muitos compradores nos showrooms de pronta-entrega (para lojistas) da cidade. Já em São Paulo, acontece a Francal (turma do sapato & bolsa) e o Salão Casamoda Grand Mercure ***
- PONTO FINAL. O disse-me-disse na semana de Alta-Costura, em Paris, continua rendendo. O fato é que os disparates cometidos para garantir um espaço na mídia social, já estão preocupando os responsáveis pela imagem da indústria fashion francesa. Na mira deles, a estranheza de muitos convidados para as primeiras filas do desfiles e, em algumas marcas, propostas que estão mais para fantasia carnavalesca do que moda. O raciocínio é lógico: esse pode ser o perfil do cliente do ‘prêt-a-porter’ (moda pronta para usar), mas não de quem tem grana para comprar ‘haute-couture’ – que é caríssima.